terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ingá, o melhor do agreste está aqui!



A cidade de Ingá está localizada a aproximadamente 95,6 km da cidade de João Pessoa. É uma cidade tranquila de gente amiga e hospitaleira, que abriga um dos maiores enigmas da humanidade.
A pedra do Ingá, o sítio arqueológico mais famoso do mundo.Mas, o que está pedra tem de tão interessante? Quem foi o autor destes curiosos símbolos? Como explicar a semelhança gráfica entre Ingá e a ilha de páscoa?
Embarque numa viagem ao passado e ajude-nos a decifrar o enigma da pedra.

Ingá, the best of agreste is right here!

Ingá city is located 95,6 km far from the capital João Pessoa. It is a calm city with a friendly folk, wich hides one of the world´s biggest enigmas of the humanity.
The Ingá Stones, the most famous archeological site in the world. But,how to explain those inscriptions? Who made it? How to explain the similarity with the pascoa island inscriptions?
Come to Ingá and help us to discover the enigma of the stone.

Ecoturismo na Serra Velha.


Quem acha que os atrativos do Ingá se resumem à beleza e aos mistérios da pedra, ainda não conhece a Serra Velha. Venha se aventurar nas trilhas que conduzem ao passado e desfrute de uma paisagem única,do alto de seus 655 metros a vista é um deleite para os olhos. Conheça suas lendas, seu povo e percorra o caminho das pedras.

Eco-tourism in the old mountain.

If you think that the Ingá stone is the only attractive that Ingá has to offer, you don´t know the Old Mountain yet. The wonderful landscape will conquer you. From the top of its 655 meters you have a wonderful view. Come and know its legends, walk through the rock ways.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Itacoatiaras da Paraíba

Thomas Bruno Oliveira*

Um dos testemunhos mais profusos da existência humana no território que compreende o atual estado da Paraíba são as inscrições gravadas nos rochedos, denominadas pela ciência arqueológica de gravuras rupestres ou de itacoatiaras (do tupi: ita = pedra, kwatia = riscada). São registros realizados em formações rochosas que segundo Luciano Jacques de Morais (1924): “Em diversos pontos do Brasil têm sido assignaladas, em quasi todos os Estados, figurações rupestres(...) nas superfícies de rochedos e paredes de cavernas.” Afirmação confirmada pelas pesquisas em andamento no país.


Em nosso estado, este tipo de testemunho foi, ao longo dos tempos, descrito por estudiosos e ensaístas que se embrenharam pelos sertões, dando valorosas contribuições para a arqueologia. Cabe-nos destacar, dentre outras, as pesquisas de Louis Jacques Brunet (1853), Luciano Jacques de Moraes (1924), José de Azevedo Dantas (década de 1920), Pe. Luiz Santiago (década de 1930), Luiz Galdino (à partir da década de 1970) e Ruth Trindade de Almeida, que na década de 1970 compilou suas pesquisas no livro ‘A Arte Rupestre nos Cariris Velhos’ (1979), mencionando não só as gravuras como também diversos sítios arqueológicos de pinturas rupestres desta mesorregião do Estado.

No entanto, dois trabalhos acerca da temática têm chamado a atenção pela sua contribuição à metodologia arqueológica. São os livros ‘Ocorrências de Itacoatiaras na Paraíba’(2007) do arqueólogo Juvandi Santos e ‘A Pedra do Ingá: Itacoatiaras na Paraíba’(2ªed. 2008) do historiador e Presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia Vanderley de Brito.

Juvandi objetiva “...mostrar a existência de sítios arqueológicos em todo o estado da Paraíba”, elencando sítios representativos de cada mesorregião, dando início a uma sistematização identitária das gravuras à partir do aporte geográfico. Já Vanderley faz um interessante estudo inserindo a Pedra do Ingá em uma estrutura, pondo-a em paralelo com outros 24 sítios de gravuras rupestres na Paraíba, despindo-a de todas as teorias fantasiosas que se apropriaram da opulência da Itacoatiara do Ingá para corroborar com as excêntricas teorias anti-científicas. Com isso, além de provar que as inscrições são obras de paleoíndios, Brito acaba por discernir sobre as técnicas destes vestígios, inaugurando uma metodologia que vem sendo empregada nas novas pesquisas sobre gravuras.

Estes dois trabalhos são de grande importância para os estudos arqueológicos da Paraíba, sobretudo pelo seu caráter conclusivo, formulando teorias sobre a feitura e execução destes registros, contrariando outros trabalhos que se debruçam no cômodo lugar do simples descrever. Com isso, Brito e Santos inauguram o seleto grupo de teóricos da arqueologia da Paraíba, sobretudo das itacoatiaras paraibanas.



*Diretor da Sociedade Paraibana de Arqueologia